Desde os primórdios da sua invenção e experimento, em 1895, pelo italiano Gugliermo Marconi, a rádio, importante veículo de comunicação, caracteriza-se unicamente pelo uso do som que é transmitido à distância, através de ondas eletromagnéticas, por um transmissor de sinais sonoros e captados pelos aparelhos radiofônicos. Curiosamente, cem anos após sua invenção, em 1995, com o advento da tecnologia digital streaming², [1] quer dizer fluxo, a rádio ampliou a sua capacidade de transmissão e de recepção, gerando uma nova forma de interação e comunicação com os diversos atores presentes no campo radiofônico. Os primeiros softwares streaming, lançados no mercado com uma grande difusão, nos anos 90, foram: Real Audio Player do Progressivo Real Networt e Windows Media Player da Microsoft.
Sem sombra de dúvida, se formos analisar o DNA do meio de comunicação “rádio”, reforçaremos a tese do espanhol Mariano Cebrián Herreros de que “a rádio é puramente som, ou seja, a rádio conserva a sua característica primordial, o áudio, todavia não ignora o campo que se abre diante do das novas tecnologias digitais da comunicação.” (HERREROS, 2009: 25). A rádio, por conseguinte, vem interagindo e se adaptando à linguagem e ao novo processo da convergência multimídia sem perder a sua identidade – o áudio -, desencadeando novas modalidades e possibilidades neste fecundo cenário digital, onde a sua audiência se amplia e se diversificada.